Verônica. Amizade sincera

Verônica, a melhor amiga de Jackie
A menina que sonhava com livros – Volume 2 – O confronto
Gosto muito dessa personagem, e me faz bem pensar que seja um pouco a minha best também.
Adoro aquele seu modo tranquilo e sábio de enfrentar a vida. No fundo, gostaria de ser como ela.

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Que tal conhecer alguns detalhes da vida dessa personagem?
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📖 Verônica não era casada. Morava com Luís Guilherme, o namorado de longa data. Ambos não sentiam a necessidade de casar.
Gui, como gostava de chamá-lo, não era o tipo de homem que uma mulher definiria bonitão. Alto e magro, não era pelo físico que chamava a atenção, apesar de ser bem alto. Mais de 1,90 m. Destacava-se mais pela barba e cabelos ruivos. Isso sim.
— Quando está quieto, no meio de outras mulheres, posso até estar tranquila. Mas se começa a falar… é muito bacana!
Na verdade, esse comentário de Verônica o representava muito bem e era o que o tornava tão especial. Não apenas para ela – era amigável e empático com todos.
Havia algo de “acolhedor” em Gui quando conversava com alguém. Tanto na balada da noite quanto no churrasco do domingo. Companheirão, mesmo.
Estavam juntos há oito anos. Era um relacionamento realmente único, fortificado pela cumplicidade. Por vezes ela dizia que o vínculo que os unia era tão intenso que a fazia pensar que já haviam se comprometido em outra vida.
— Os encontros mais importantes são combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se encontrem, como diz Paulo Coelho. Também acredito nisso. — Afirmava com convicção.
Verônica sempre teve um lado espiritualizado muito acentuado. Talvez era isso que fascinava o seu querido Gui: embora não fosse tanto preocupado quanto ela nessas questões, gostava do seu modo de pensar. E aprendia muito com a sua companheira de vida.
— Também sinto que te conheço há muito tempo. Quem sabe… talvez seja mesmo verdade o fato de termos organizado este encontro em vidas passadas…

Então por que escolheu ficar comigo de novo, se for assim? — Verônica manteve o ar travesso nos olhos de Luís Guilherme por alguns instantes. A pergunta era mais maliciosa do que irônica.
Não tinham filhos. Aos 35 anos, Luís Guilherme dizia que seu filho, ou filha, deveria esperar mais um pouquinho para vir ao mundo, pois ele ainda queria aproveitar a vida com a sua “Verô”. Não pretendia compartilhá-la com ninguém, pelo menos por algum tempo ainda.
Ela, porém, aos 32 anos, queria muito ser mãe. Imediatamente, se fosse por ela, consciente também de que o relógio biológico da maternidade começava a bater mais rápido. Cedo ou tarde deveriam tomar uma decisão se quisessem realmente ter um filho.

Além disso, fascinava-lhe a ideia de que esse garotinho, ou garotinha, pudesse ter os mesmos cabelos cacheados e vermelhos do pai. Ela mal podia esperar para ver a carinha que seu amor por Luís Guilherme, assinado nas estrelas ou não, iria formar.

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